Vinho de talha, a cultura milenar do vinho

Um sistema ancestral romano de fazer vinho, que agrada os paladares mais exigentes. Tradicional e rústico, este é o vinho de talha. 

Descubra aqui, um pouco mais sobre o processo de vinificação que a região do Alentejo, em Portugal, tem preservado até os dias de hoje.

A técnica de fazer vinho em talhas é passada de geração em geração como um produto natural e único, que representa a milenar cultura do vinho.

O processo inicia-se com as uvas, previamente esmagadas, colocadas em talhas de barro, onde a fermentação ocorre espontaneamente. Durante a fermentação, as películas de uvas, que sobem para a superfície, são obrigadas a mergulhar no mosto, para transmitir ao vinho mais cor, aromas e sabores. 

Após a fermentação, essas massas assentam no fundo. Na parede da talha, existe um orifício onde se coloca uma torneira. O vinho atravessa o filtro formado pelas massas de uvas e sai para o exterior. O resultado do processo é um vinho puro, límpido e natural.

Viva e presente, principalmente nas zonas rurais do Alentejo, a tradição da técnica do vinho de talha está diretamente ligada à história, à cultura e à vida no local. Conhecida como a capital mundial do vinho de talha, a região tem um dos mais ricos acervos turísticos do mundo. São inúmeros pontos de interesse histórico e cultural, como as cidades de Évora e Elvas, classificadas pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade.

O ponto alto da tradição milenar no Alentejo é o Dia de S. Martinho. Dia que acontece a “abertura das talhas”. Diversas propriedades conservam suas talhas e fazem seus vinhos para consumo próprio.  

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