Nem Don Melchor de Concha y Toro teria imaginado tanto…

Uma das lendas mais conhecidas e difundidas no mundo do vinho, diz que no dia em que Don Melchor de Concha y Toro espalhou em seus vinhedos a notícia de que o diabo em pessoa estava tomando conta de suas barricas, tinha como objetivo evitar os roubos que vinha registrando na adega em que armazenava o Casillero del Diablo, sua primeira marca que hoje ocupa prateleiras de mais de 130 países.

Certamente, 131 anos depois que o boato correu por todo o Chile e virou verdade, o fundador da maior vinícola da América do Sul teria todos os motivos para comemorar o fato de que o seu vinho mais conhecido abriu caminho para o desenvolvimento de outros. Hoje, alguns deles verdadeiros ícones mundiais.

O próprio Cabernet Sauvignon Don Melchor, homenagem ao fundador da vinícola, que desfruta de pontuações expressivas em publicações especializadas do mundo todo, afirmando sua consistência e qualidade ao longo das safras que são produzidas desde 1987, é a comprovação de que o negócio, que começou em 1883, realmente prosperou.

E vieram também, Carmín de Peumo, Gravas del Maipo, Marques de Casa Concha, Terrunyo e Almaviva, este o resultado de uma parceria entre Concha y Toro e os franceses da Baron Philippe de Rothschild.

Para explicar este sucesso mundial, Vinhoetc fez um “tim-tim” com Paula Gajardo, Gerente de Vinhos de Origem da América Latina da Concha y Toro.

Qual a importância do mercado brasileiro para a CyT no cenário mundial?

O Brasil ocupa a 4ª posição em volume das vendas mundiais, tanto das chamadas marcas globais quanto no portfólio que rotulamos de alta gama, que são os vinho finos.

Qual o volume de garrafas destinadas ao Brasil?

Dizemos que o suficiente para abastecer as adegas do amigos brasileiros! Mas, nem sempre alcançamos o numero necessário de garrafas com algumas marcas de alta gama.

Qual o ranking de preferência do brasileiro?

Depende do nível de preços que estamos falando. Nas vendas em massa, as marcas mais fortes são Casillero del Diablo e Reservado Concha y Toro. No segmento intermediário, o brasileiro reconhece e prefere principalmente o Marques de Casa Concha. E, no segmento de alta gama, imbatível, quem ganha a preferência é o Don Melchor.

 Qual país mais consome os vinhos CyT?

Nossa vinícola está presente em mais de 130 países, sendo os quatro primeiros USA, Reino Unido, Japão e Brasil.

Quais os planos futuros em relação ao mercado brasileiro?

Sabemos que o Brasil tem um enorme potencial à nossa frente, tanto que é um dos primeiros em que instalamos um serviço próprio de distribuição. E nosso lema em relação a este país e seu consumo de nossas marcas é que, quando pensamos que chegamos ao máximo, sempre temos mais a fazer e certamente vamos buscar fazer mais.

Alguma nova marca pode vir a ser lançada em breve?

Estamos com novidades em nossa pasta guardada na gaveta, mas vamos manter reserva no momento, pois já lançamos, em 2014, uma nova linha de Casillero del Diablo, chamada Casillero Devil’s Red, que está a poucos meses no mercado e que teve um impacto que sequer a nossa empresa esperava.

Tim-tim, Paula!

A vinícola Concha y Toro é a maior do Chile, representando 37% do mercado interno chileno e 31,4% das exportações de vinho do país. O total de 70% de suas vendas são para exportação. Sua grandeza está representada pelos vinhedos que possui nos principais vales produtores chilenos, ocupando também grande terrenos na Argentina.

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