Uma das metas mais populares no carnê dos viajantes é sem dúvida a capital italiana evocativa dos antigos tempos do império romano. Mas com uma cidade tão vasta e populosa (2.9 milhões de habitantes) e muitos monumentos a serem visitados, o que vale realmente a pena quando a viagem é curta?
Vamos começar pela hospedagem, a melhor localização, que permite deslocamentos a pé e com várias linhas de transporte público ao redor fica na área entre a Praça da República e a famosa Via Veneto.
Opções para todos os bolsos, desde Airbnb até hotéis luxuosos. Baixe o aplicativo “moovit”, bem melhor que o Google maps: explica bem mastigadinho como se locomover. Os táxis romanos são bastante em conta, muitas vezes melhores do que o Uber.
O fluxo turístico voltou ao ritmo normal pré pandemia e isso significa que você vai encontrar multidões na frente da Fontana de Trevi, Piazza de Spagna e Piazza Navona (sede da nossa embaixada).
Se seu objetivo é tirar fotos maravilhosas, faça um sacrifício e visite esses monumentos de manhã bem cedo tipo 7 horas para depois tomar um café à italiana com um cappuccino e um “cornetto”.
Muito interessante a visita ao Coliseu, é necessário agendar a visita pelo site oficial (https://parcocolosseo.it). Se para você for suficiente somente ver o lado externo a grande pedida é descer no ponto do Fori Imperiali perto da hora do pôr do sol, ali tem um passeio lindo atravessando pelas Colunas de Trajano.
Independente do posicionamento religioso uma visita ao Vaticano é emocionante, se tiver sorte de estar nos arredores no domingo ao meio-dia, há grande chance de presenciar à benção do Papa. Cheguem um pouquinho antes porque tem checkpoint de segurança antes de entrar na praça São Pedro.
Como toda a Itália, a parte gastronômica romana tem muito a oferecer, mas tem muita armadilha pra turista também. Aconselho um restaurante no bairro judaico que tem a famosa fusion hebraico-romana no cardápio: Bellacarne (https://www.bellacarne.it).
Os restaurantes mais típicos estão na zona do Testaccio/Trastevere. Procure o “Velavevodetto” na zona do Testaccio (https://www.ristorantevelavevodetto.it), ali poderão ver os restos das ânforas de 2000 anos que foram enterradas como zona de despejo e que terminaram por criar um monte de 40 m de altura. Se seu gosto combina com uma carbonara, experimente o moderno “Eggs” que parte da matéria prima perfeita: o ovo! No horário de almoço oferecem um bento box com degustação das especialidades da casa (http://eggsroma.com).
Impossível ir à Roma e não experimentar a “porchetta romana”, praticamente um leitão assado lentamente e depois fatiado e servido geralmente em sanduiches. A melhor e mais famosa “porchetta” é produzida por Vito Bernabei e se encontra num restaurante enoteca recém-inaugurado na zona sul de Roma: “Porchetta e Bollicine” (por enquanto somente pagina facebook https://www.facebook.com/porchettaebollicine). Mesmo que deslocado do centro, vale a pena pelos excelentes rótulos e simpatia da proprietária Michela.
Enfim, o doce típico de Roma, o “maritozzo”, é uma espécie de brioche com recheio de chantilly. O melhor de todos se encontra no “Il Maritozzaro” (https://eulocs.com/il-maritozzaro-it) no bairro Porta Portese. Não se esquentem com as calorias…com tanta caminhada qualquer excesso será compensado.
Última curiosidade: em Roma há milhares de papagaios em liberdade. Alguns exemplares trazidos ilegalmente para o País na década de 90, foram soltos na capital e apesar de serem uma espécie proveniente de um habitat tropical se adaptaram tão bem que se reproduziram em um ritmo incontrolável. Os romanos carinhosamente adotaram essas aves barulhentas ao ponto que quando alguém pergunta que espécie de ave é eles respondem: papagaio de Roma, é claro!