A província de Verona, no norte da Itália, é famosa por ter sido o cenário da maior história de amor do mundo: Romeu e Julieta, de Shakespeare. Mas o casal não é o único responsável pela fama mundial de Verona: a província faz parte da região do Vêneto, a maior produtora de vinhos italianos, inclusive dos vinhos Amarone.
Amarone é um vinho DOC (Denominazione di Origine Controllata) desde 1968 e, em 2009, foi promovido a DOCG (Denominazione di Origine Controllata e Garantita). Esse sistema de denominação determina as variedades de uvas, o território onde elas podem ser plantadas e o processo de elaboração do vinho, que é o diferencial da marca.
Depois de colhidos, os cachos de uva ficam durante meses secando em esteiras ou prateleiras. Essa etapa é chamada de appassimento. Com isso, as uvas perdem parte do seu peso e concentram açúcares e aromas, dando origem a um vinho mais alcóolico – com teor mínimo de 14% – e com gosto doce e amargo. Por isso o nome Amarone.
O final de janeiro marca o lançamento dos vinhos Amarone. Neste ano, foi apresentado o Anteprima Amarone 2011, no Palazzo della Gran Guardia. A safra foi apelidada de “safra de luz” pelos veroneses. Nossa especialista Ada Regina Freire esteve lá, junto com outros 3000 visitantes, para conferir a novidade.
A produção da safra foi muito exaltada pelos veroneses. Desde o despertar das videiras na primavera até o recolhimento das uvas – deixadas para secar -, o clima foi perfeito: contínua e intensa exposição ao sol. Assim, as uvas desenvolveram cascas mais grossas, resultando numa maior quantidade de antocianos – a substância que forma o pigmento colorido na casca. No vinho, isso significa uma maior estrutura, cor mais brilhante e também longevidade.
Ada pôde colocar à prova suas papilas gustativas, numa degustação às cegas, com ingressos ao público pelo valor de 30 euros. Foram servidos 66 Amarones. Ada destacou ao menos dez como vinhos superiores.
Ela afirmou também que, apesar de jovens, são vinhos excepcionais. Na maioria dos casos, foram retirados recentemente das barricas, o que impediu o tempo ideal de descanso nas garrafas. Em compensação, os presentes receberam safras mais antigas dos produtores.
Para Ada, a apreciação do Amarone 2011 requer paciência. “Ele será um show, mas só a partir de 2017. Até lá, aproveitem para conhecer os encantos dos vales da Valpolicella”, ela indica. Com um aplicativo lançado pelo Consorcio de Tutela, é possível acessar roteiros fantásticos pelos vales. Salute!
Link para o aplicativo: http://www.consorziovalpolicella.it/
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Por Priscila Minussi
Excelente matéria.
Gostei, bela matéria,, pretendo visitar a região,. Meu nonno (avô) nasceu nessa regão do Vêneto.
Adilau, nao perca essa chance pois o Veneto tem roteiro de viagens maravilhosos e emocionante para quem tem raizes familiares. Um abraço!
Gostei muito da matéria.Quando for novamente a ITÁLIA,COM CERTEZA VOU CONHECER VENETO.
Otima ideia Vanderlei e nao deixe de agendar uma visita nas cantinas da Valpolicella. Os produtores sao muito receptivos e adoram brasileiros!
Excelente matéria. Saúde!!
EXCELENTE; OBJETIVO E CLARO. BELAS FOTOS. PARABÉNS!
Il Bel paese e pieno di sentimento e poesia come il vino .
A Ada aparece ao lado de Marcelo Copello figura conhecida do mundo do vinho. Poderia tê-lo mencionado.
Fernando, obrigado pela observação! Contamos, sempre, com a sua colaboração para fazermos do Vinhoetc cada vez mais um espaço de excelência na produção de conteúdo sobre o vinho.
Abraços,
Pedro Ayres – equipe Vinhoetc