Não é só de cachaça que vive o Nordeste. Escondido entre a Bahia e Pernambuco, o Vale do São Francisco é a casa de uma plantação admirável de uvas. A região é um prato cheio para quem deseja conhecer mais vinhos brasileiros e até mesmo fazer rotas entre vinícolas.
Além de ser responsável por 99% da uva de mesa distribuída pelo Brasil, o Vale produz duas safras e meia por ano que resultam em 5 a 7 milhões de litros de vinho. Há variedades tintas e brancas: Syrah, Cabernet Sauvignon, Moscatel, Muskadel, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Silvaner e Moscato Canelli. Os tintos representam 80% da produção e o brancos, 20%.
O pólo vitivinícola é a segunda maior produtora de vinhos, espumantes e sucos naturais de uva do Brasil. São 7.500,00 hectares de vinhedos abrigando sete fazendas produtoras, que detém 15% do mercado nacional. Estipula-se que 30 mil pessoas são empregadas diretamente.
São 300 dias de sol por ano, temperatura média alta constante, poucas chuvas e muita água do “Velho Chico” para irrigar a plantação. Essa combinação permite plantar e colher em qualquer época, o que é não é possível em qualquer outro lugar do mundo. O resultado são vinhos jovens, frutados, aromáticos, leves, de acidez acentuada e com o frescor perfeito para o clima tropical.
O Vale é promissor. Em 2012, o Testardi – tinto varietal feito apenas com Syrah – foi eleito o melhor do país. A plantação orgânica, tendência mundial, também tem seu espaço. Em 2004, a Adega transformou em orgânico todo o seu cultivo de uvas. Um grande desafio. A empresa foi certificada pelo IBD (Instituto Biodinâmico) e, em 2008, lançou os primeiros vinhos e espumantes orgânicos do Nordeste.
Em fevereiro de 2006, na Unidade da Embrapa Semiárido em Petrolina (PE), foi inaugurado um Laboratório de Enologia com tecnologia para ser um dos mais modernos do país. O objetivo é empreender análises dos vinhos da região com monitoramento da qualidade e certificado da procedência do que é produzido no local.
Com a rota do Vale do São Francisco, o Nordeste vai fortalecendo seus passos em direção ao turismo gastronômico e, quem sabe, atraindo mais olhares para a produção ainda subestimada de vinhos brasileiros.
Por Priscila Minussi
NÓS adoramos vinho. Essa materia é muito boa.
Seja qual for o tempo. O vinho resolve todos os problemas.
Já viajei para, principalmente, conhecer e degustar vinhos e uvas (Mendoza e Salta, África do Sul e Bento Gonçalves).
Adorei saber dessa possibilidade no meu amado Nordeste.
Matéria maravilho!!!
Grata pela informação!
Que bom que gostou ☺️??
Erroneamente, grande parte dos vinhos Brasileiros, ainda são rotulados, como SECO ou SUAVE; diferentes de outros Países, onde a única distinção, são as uvas.
Também é incompreensível, os Preços dos vinhos Brasileiros, superiores aos dos importados.
Ora, se corretamente se afirmam, que os custos de produção da soja no Mato Grosso, são elevadíssimos em razão da logística do seu transporte até is portos, comi pode o vinho de outros países, aqui chegarem com menores preços, que is nacionais?
Verdade, Antonio. Os brasileiros estão entre os maiores pagadores de tributos do mundo e, infelizmente, o vinho é um dos produtos mais taxados. Para a venda do vinho brasileiro no mercado interno, há a cobrança de muitos impostos. Isso torna o vinho produzido e vendido aqui mais caro que o destinado à exportação. Sendo muitas vezes cobrado menos impostos dos vinhos importados do que dos vinhos nacionais…
Não é bem assim, desculpa dizer
Nós não temos terroir , altitude e clima para fazer grandes vinhos . Outro detalhe importante é não temos uva passas , tendo que eu fazer a fermentação artificial
Melhor ficar com um Argentino
Pesquisem antes de comprar , talvez uma garrafa ou outra dá pra beber , mas como eu que tomo duas por dia é impossível
Abraços
Como entrar em contato e comprar vinho Made in Nordeste?
Sou filho do RJ, região Sudeste. Já estive em Petrolina a trabalho e tive a oportunidade degustar alguns deliciosos vinho do Vale do São Francisco. Hoje moro em Aracaju e acho bem elevado os preços dos poucos vinho do Vale do São Francisco negociados por aqui. Como disse o Antônio os vinhos nacionais acabam sendo vendidos mais caros do que alguns importados. É uma pena pois poderíamos, nós brasileiros elevar o consumo dos vinhos internos o que com certeza aumentaria o lucro dos produtores, pelo menos equiparar com os de vinhos importados. Breve voltarei ao Vale do São Francisco para apreciar a riqueza e a beleza das vinculado brasileiras. Parabéns aos plantadores, coletores e empresários que investem neste belo Brasil.
Obrigada pelo seu comentário, João Augusto ! Se tiver a oportunidade de visitar as vinícolas do Vale do São Francisco, não deixe de dividir a experiência conosco ! ☺️??
Gostei da reportagem. Parabéns. Gosto de vinhos e o nosso vinho tem que ter mais divulgação e evidentemente baixar os impostos para que haja uma pulverização maior dos produtos e produtores. Com certeza 80% dos apreciadores de vinho compram produtos importado. Um grande abraço
Bom dia, Eduardo. Fico feliz que tenha gostado.
Verdade! Nós, brasileiros, estamos entre os maiores pagadores de tributos do mundo e, infelizmente, o vinho é um dos produtos mais taxados. Para a venda do vinho brasileiro no mercado interno, há a cobrança de muitos impostos. Isso torna o vinho produzido e vendido aqui mais caro que o destinado à exportação. Sendo muitas vezes cobrado menos impostos dos vinhos importados do que dos vinhos nacionais. Uma pena…
Onde posso comprar vinho do vale do velho Chico em São Paulo ?
Eu comprava em um mercado aí venderam o mercado e não achei mais , moro em Franco da Rocha SP .
É lamentável a carga de impostos em cima dos vinhos nacionais. Não se entende como os vinhos chilenos , argentinos e mesmo europeus , são vendidos mais baratos que os vinhos nacionais. Deveria existir um movimento para incentivar novas plantações . O solo e o clima são totalmente favoráveis no sul, sudeste e nordeste. Adaptação de castas por região, tornaria o Brasil o maior produtor mundial em pouco tempo.
Verdade, Manuel ! Lamentável! Essa cobrança de muitos impostos torna o vinho produzido e vendido aqui mais caro que o destinado à exportação. Sendo muitas vezes cobrado menos impostos dos vinhos importados do que dos vinhos nacionais. Uma pena…