Os vinhedos da Bourgogne, denominados Vignobles, estendem-se por 29.500 hectares, classificados em AOC (Apelação de Origem Controlada), e são divididos em 5 regiões de produção.
Do norte para o sul da França, encontram-se:
1- Vignoble de Chablis e Grand Auxerrois: compreende além de Chablis e Auxerrois, Tonerre, Joigny e Vézelay;
2- Vignobles da Côte de Nuits: Inclui Hautes Côtes de Nuis e Chântillonnais;
3- Vignobles da Côte de Beaune (e Hautes Côtes de Beaune);
4- Vignobles da Côte Chalonnaise e Couchois;
5- Por fim, o Vignoble de Mâconnais
De acordo com dado anual do BIVB (Bureau Interprofessionnel des Vins de Bourgogne), órgão oficial dos vinhos da região, são produzidos 1,5 milhão de hectolitros, um total de 200 milhões de garrafas comercializadas por ano.
Muitos devem estar se perguntando sobre a região de Beaujolais, presente em alguns mapas da Bourgogne. Esta é uma longa discussão, que em função da perda de força da região de Beaujolais e da falta de argumentos sólidos para tal classificação, está praticamente pacificada, mas longe de estar encerrada.
A primeira questão a ser considerada é que, administrativamente, Beaujolais pertence à região Rhône-Alpes, e não à região Bourgogne. A segunda, e talvez mais importante, é a questão geológica: a constituição dos solos dos vinhedos da Bourgogne são totalmente diferentes dos vinhedos de Beaujolais. Enquanto aqueles são solos argilo-calcáreos, em Beaujolais existem solos de granito, solos xistosos e até arenosos.
E, por último, evoca-se o argumento histórico: em 1395, quando Filipe, o Bravo decidiu pela utilização exclusiva da uva Pinot Noir ao norte de Mâcon e da uva Gamay ao sul, estabeleceu-se a primeira delimitação consagrando as diferenças de Terroir.
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Qual iguarias acompanham preferencialmente este vinho? Chateau Petrus ainda é feito? Qual Coupage?