A cidade de Salins-les-Bains, no Jura possuiu grande reputação e poder desde a Idade Média graças a exploração de sal, que durou 1200 anos.
Desde o século VIII até 1962, a Grande Salina de Salins-les-Bains usou águas salgadas naturais em seu subsolo para produzir o precioso sal.
Essencial para a vida humana e considerado uma riqueza, o “ouro branco” (como era chamado) fez de Salins-les-Bains uma das cidades mais importantes de Franche-Comté na Idade Média.
“Ouro branco”:
Devido à sua grande importância, recebeu desde cedo este nome.
Era essencial, especialmente para preservação de alimentos. Possuía um valor econômico significativo, comparável hoje ao do petróleo. Por ser raro e difícil de produzir, originou a palavra salário, já que era utilizado pelos romanos como remuneração percebida pelos soldados.
Formação do sal:
A presença de águas salgadas em Salins-les-Bains é explicada pela existência de um mar, que cobria a região do Jura há 210 milhões de anos.
Esse mar foi gradualmente evaporando deixando uma espessa camada de sal. O sal remanescente tornou-se uma rocha, denominada sal-gema, encontrando-se hoje a 246 metros de profundidade.
As águas da chuva que se infiltravam no subsolo tornavam-se salgadas pelo contato com o sal-gema e, por pressão, subiam naturalmente na superfície para dar origem a nascentes salgadas.
Extração do sal:
Na Salina de Salins-les-Bains, o sal era obtido por evaporação, utilizando uma fonte artificial de calor (madeira e carvão do século XIX).
Através dessa técnica de extração, sob a ação do calor por meio de fogões ou caldeiras, o sal era obtido por evaporação de uma salmoura.
Em 1775, a Salina Real de Arc-et-Senans foi construída para aumentar a produção local. Funcionava como complemento da salina de Salins-les-Bains. Porém, devido à falta de rentabilidade, a salina de Arc-et-Senans fechou em 1895.
Patrimônio da Unesco:
Em 1962, após 1200 anos de produção, a Salina de Salins-les-Bains encerrou as atividades por falta de rentabilidade e modernização, devido à evolução das técnicas de conservação de alimentos e, principalmente, pela concorrência com minas e outras salinas.
Desde 1966, a Salina é propriedade do município de Salins-les-Bains.
A maior parte das fortificações já não são mais visíveis. No entanto, uma parte do edifício ainda ocupa um grande espaço urbano no coração da cidade, que foi renovado e equipado com um “Museu do Sal”.
Hoje, a Salina de Salins-les-Bains é aberta à visitação e recebe cerca de 70.000 visitantes por ano.
As visitas são feitas por meio de tours guiados. A experiência começa no museu do sal e depois o grupo é levado para conhecer as galerias subterrâneas.
Em 2009, a Salina de Salins-les-Bains foi declarada Património Mundial pela Unesco, uma extensão das Salinas Reais de Arc-et-Senans, registradas desde 1982.
Sua história, suas instalações, suas técnicas ainda em funcionamento e sua incrível arquitetura subterrânea, fazem da Grande Salina de Salins-les-Bains um local único na Europa e uma das jóias do patrimônio no Jura.
Muito interessante !Essa regiao esta se revelando com fatos e curiosidades diversificados, da’ mesmo vontade de visitar!
Muito interessante mesmo, Ada! Excelentes vinhos, beleza natural, história… vale muito a pena!! ??
Agora quero planejar minha viagem para essa região.
Não vai se arrepender! É lindíssima !!! ?